Cladóceros do Brasil: Famílias Chydoridae e Eurycercidae

Grande parte daqueles que estudam os cladóceros consideram os Eurycercoidea − ou seja, os membro das famílias Chydoridae e Eurycercidae − como os mais difíceis quando se trata de sua identificação taxonômica.

Em parte, as dificuldades estão relacionadas ao grande número de espécies existentes: 53% das espécies de cladóceros que ocorrem no Brasil (Elmoor-Loureiro, 2000) e, em termos mundiais, 47% das espécies conhecidas (Forró et al., 2008).

Outra dificuldade está na taxonomia do grupo, que leva em conta caracteres de difícil observação, como os poros cefálicos e a morfologia dos apêndices torácicos; soma-se a isso o fato do grupo estar sofrendo intensa revisão, particularmente nos últimos 20 anos, levando a transferências de espécies para novos gêneros e descrição de novas espécies.

Neste contexto, pareceu oportuno consolidar as informações mais recentes sobre a taxonomia, ocorrência e distribuição dos Eurycercoidea em águas brasileiras. Ainda mais importante seria disponibilizar, aos pesquisadores e estudantes que se dedicam às comunidades dos ecossistemas de águas continentais, o acesso a essas informações de modo simples e ágil. Daí surgiu a idéia deste site.

Aqui você encontrará um índice das espécies já reportadas para o Brasil, que o remeterá para as páginas de espécie. Cada página de espécie apresenta uma breve descrição e imagens, um mapa com os registros de ocorrência em águas continentais brasileiras e comentários sobre sua taxonomia.

Para as fotografias das espécies, este site contou com a colaboração de Francisco Diogo Rocha Sousa, responsável por grande parte das imagens, além de algumas imagens cedidas por Ciro Joko. Na construção dos mapas de distribuição das espécies, Marcela Campos Gomes foi fundamental no levantamento das coordenadas geográficas das ocorrências presentes na literatura. Meus agradecimentos a todos!

O trabalho de revisão sobre a ocorrência das espécies e a construção deste site obteve financiamento do CNPq (edital CT-Hidro 39/2006).

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